Já sorri, já chorei, já esperneei, já quis esquecer, já quis rever, já quis me aproximar, já quis nunca mais ver.
Assim, construímos amizades; algumas, duradouras, outras passageiras. Como tudo na vida, as amizades têm começo, meio e fim, mesmo que você desacredite esta opinião, se olhar para trás, sentirá falta de alguém que já se foi, por motivos de força maior, pelo destino, por novas escolhas, novos amigos ou por mera falta de afinidade. Sim, as pessoas mudam com o passar do tempo, e aquele melhor amigo de ontem pode ser alguém que tem características intoleráveis hoje. Você muda, o seu amigo muda, e, a partir do momento que essa mudança se torna uma barreira, cada um segue o seu caminho, levando consigo apenas a lembrança do que aquela amizade fora um dia.
Isso, de forma alguma, deve ser considerado algo triste. Tudo se transforma, e novas amizades surgirão, não melhores ou piores, mas extremamente diferentes daquelas que se foram. As que ficam se tornam parte de você, onde felicidade e tristeza são compartilhadas à distâncias incontáveis. Mesmo que não veja aquele velho amigo, bem, se você ligar pra ele agora, certamente atenderá com o tom de voz de tempos atrás, feliz.
Namorado também pode ser um bom amigo. Se não for, bem, o relacionamento se tornará apenas carnal. Se é isso que você quer, o caminho está aberto, mas logo se cansará. Afinal, ninguém vive de carne a vida inteira, todos precisamos de uma ceia completa, com direito a uma digníssima sobremesa.
Tantas pessoas já passaram pela minha vida, pouquíssimas restaram. Mas a todas gostaria de agradecer por tudo que acrescentaram ao que sou hoje. As que ainda não conheci, aguardo-as para me reinventar.